“Provocada” pelo Ocidente, Rússia faz testes com armas nucleares

Porta-voz cita possível envio de tropas do Ocidente para a Ucrânia e declarações dos EUA para justificar exercícios da Rússia

Com ares de guerra fria, a Rússia avisou que vai testar armas nucleares. E deixou bem claro que isso faz parte de uma resposta ao suposto envio de tropas do Ocidente para a Ucrânia.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, não mediu palavras ao apontar os comentários do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o país mandar militares à Ucrânia, assim como declarações de representantes do Senado britânico e dos EUA sobre o assunto.

Complexo de mísseis nucleares da Rússia chega durante os ensaios principais do desfile militar, na Praça Vermelha no domingo (5/5)

Desfile na Rússia com armas nucleares Contributor/Getty Images

Segundo Peskov, os serviços especiais russos estão verificando as declarações para ver se existe a possibilidade de se tornarem realidade. Ele também comentou uma matéria do Financial Times sobre atos de sabotagem do país.

O jornal afirmou que agências de inteligência europeias relatam a preparação de atos de sabotagem da Rússia em toda a Europa. A autoridade russa afirmou que a reportagem “não era séria” e era “infundada”.

Rússia cita “ameaças provocativas” do Ocidente

A agência de notícias Reuters, por sua vez, confirmou o exercício militar russo com o uso de armas nucleares táticas. O Ministério da Defesa é citado, justificando “ameaças provocativas de autoridades ocidentais”. E que os testes foram ordenados pelo presidente Vladimir Putin.

“Durante o exercício, será realizado um conjunto de medidas para praticar as questões de preparação e utilização de armas nucleares não estratégicas”, notificou o Ministério da Defesa da Rússia, dona do maior arsenal de armas nucleares do mundo.

O órgão continuou explicando que esses testes são para garantir a integridade territorial e a soberania do país. E será feita “em resposta a declarações provocativas e ameaças de certas autoridades ocidentais contra a Federação Russa”.

Fonte: metropoles.com – Leonardo Meireles

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