Blocos de CG: ‘As Depravadas’ é festa que rompe tradições há 31 Carnavais

Ano após ano, o calçadão da rua Barão do Rio Branco recebe mais cor, música e uma dose extra de folia. Criado por profissionais da impressa, o bloco nasceu durante uma conversa de bar, em Campo Grande.

Uma conversa de bar informal, uma homenagem e um desejo. Estes três elementos foram essenciais para criação de um dos blocos de Carnaval mais antigos de Campo Grande: “As Depravadas”. Há 31 anos tendo o calçadão da rua Barão do Rio Branco como casa, a folia segue e rompe tradições. 🎉💃🥳

🍺🍺Conversa em bar foi ponta pé inicial: Era início da década de 1990 e um grupo de jornalistas estavam em um bar conhecido dos campo-grandenses, na rua Barão do Rio Branco. Conversa vai, conversa vem, os amigos, que amam Carnaval, lembravam dos dias que ficaram sem folia por causa dos plantões nas redações.

“Foi numa mesa ali no Bar do Zé, a gente falando sobre carnaval de rua e brincando sobre isso. Lá pelas tantas, alguém disse ‘ah, mas aqui não tem essa tradição’. Foi aí que juntou eu, o fotógrafo Roberto Higa, o publicitário Ariosto Mesquita, o Luiz, o saudoso jornalista Luca Maribondo, mais um monte de gente e começamos a sentir necessidade de botar o bloco na rua, literalmente. Foi então que nasceu ‘As Depravadas'”, explicou o publicitário Maranhão Viegas, um dos fundadores do bloco.

Foi a partir deste bate-papo, que o “As Depravadas” nasceu. Quem também relembra a história do bloco – um dos mais antigos de Campo Grande – é uma das organizadoras da folia, a jornalista Eliane Nobre.

“O bloco ‘As Depravadas’, um dos bloquinhos de rua mais antigos de Campo Grande, completa 31 anos no dia 13 de fevereiro deste ano, dia de Carnaval. Mas, como o bloco é formado essencialmente por profissionais da imprensa e muitos deles estão de plantão na data, a festa acontece sempre num sábado antes do feriado prolongado”, lembra a jornalista.

🗞️🤯A manchete que não sai da cabeça: Eliane também lembra que o bloco foi criado por um grupo de amigos profissionais da imprensa sul-mato-grossense. O nome polêmico veio em homenagem a um outro bloco, tradicional no Carnaval de São Luís, no Maranhão.

“Os antigos integrantes e fundadores do bloco explicam que, na verdade, ‘As Depravadas’ não passa de uma brincadeira para criar manchete, como é natural na imprensa”, brinca a jornalista que segue a tradição.

No começo, as fantasias no bloco tinha um código de conduta. Homens deveriam se vestir com adereços femininos. Já as mulheres iam com itens do guarda-roupa masculino. Porém, com o passar dos anos, a regra passou a ser facultativa. Ainda há quem mantém a tradição.

☮️✌️‘Paz & Amor & Alegria & Carnaval ’: Como a maioria dos integrantes do bloco são jornalistas, o dia de Carnaval será de plantão para os foliões. Anualmente, “As Depravadas” é baluarte para as folias seguintes. Neste ano, a festa já passou.

Com o tema “Paz & Amor & Alegria & Carnaval”, “As Depravadas” levou às ruas do centro de Campo Grande um Carnaval cheio de cor e alegria no dia 3 de fevereiro.

“Lembramos a todos que o Carnaval é uma das maiores festas brasileiras e o Carnaval de rua de Campo Grande está cada vez mais organizado, lindo e cheio de alegria. Lembrar também que a festa inclui todas as pessoas. É um evento democrático!”.

🌞🌅Carnaval cedinho, a matinê que todos precisam: Como de costume, todos os anos o bloco “As Depravadas” vai às ruas cedinho. “Nossa prioridade é levar alegaria para o campo-grandense. É proporcionar um ambiente seguro para que todos brinquem o Carnaval”, ressalta Eliane.

Mesmo com 31 anos, o bloco segue firme e reunindo vários foliões a cada novo ciclo. Para Eliane, Campo Grande tem Carnaval, sim!

“É um movimento crescente que precisa ser olhado com atenção pelo poder público. Além da festa, da diversão, é um evento que contribui com economia e o turismo”.

Fonte: G1MS