Sem Lula e Haddad, governo deixa Fórum de Davos em 2º plano

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, será a principal representante do Executivo; evento começa nesta segunda-feira (15)

Com as ausências do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro Fernando Haddad (Fazenda), o governo sinaliza ter deixado o Fórum Econômico Mundial de 2024, em Davos (Suíça), em 2º plano. O evento começa nesta segunda-feira (15) e segue até a quinta-feira (19).

Lula não irá pelo 2º ano consecutivo. O chefe do Executivo decidiu enviar Celso Amorim, seu assessor especial, para uma discussão sobre a guerra na Ucrânia.

O petista e seus seguidores dão mais importância a outros eventos, como o G77, que no ano passado foi realizado em Cuba e reúne países em desenvolvimento. Também não haverá representante da equipe econômica em Davos.

Presente no ano passado, Haddad decidiu priorizar as negociações com o Congresso em torno da MP (medida provisória) 1.202 de 2023, que trata da reoneração da folha de 17 setores da economia e também baixa outras normas para aumentar a cobrança de impostos. Nesta segunda-feira (15), terá uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar do tema.

Algumas alternativas serão discutidas para elevar a receita do governo diante da possível devolução da MP. É o caso da taxação federal das compras internacionais para até US$ 50, que pode assegurar R$ 2,9 bilhões em 2024.

Senadores também cogitam reduzir o fundo eleitoral como uma forma de compensação. Não há definição de quanto seria canalizado. Para 2024, os recursos reservados para financiar campanhas atingem R$ 4,9 bilhões.

O titular da Fazenda chegou a interromper as férias para participar do ato em alusão a 1 ano do 8 de Janeiro. O período de descanso de Haddad terminou na sexta-feira (12).

Meio Ambiente em Foco

Assim, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) será o principal nome da comitiva brasileira no Fórum de Davos. Há a previsão de que outros ministros compareçam: Nísia Trindade (Saúde) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, também deve participar do evento. Atrelada à transição energética, a pauta ambiental deve dominar os debates em que o governo estiver envolvido. A pauta inclui as mudanças climáticas e os prejuízos que podem causar à saúde.

Leia o infográfico abaixo:

O tema da 54ª edição do Fórum Econômico Mundial é “Reconstruindo a Confiança”. Mais de 100 governos estarão envolvidos nos debates programados, que devem tratar das crises de segurança que assolam o mundo e de novas estruturas econômicas.

Inteligência artificial

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Roberto Barroso, também irá ao evento. Além da preservação da Amazônia, o ministro deve discutir o uso e regulação da inteligência artificial.

Há uma preocupação com a desinformação e os efeitos que ela pode causar nas eleições em diversos países, segundo o Relatório Global de Riscos (Global Risks Report), publicado na quarta-feira (10) pelo Fórum de Davos.

A expectativa é de que o encontro também sirva para debater como evitar que a inteligência artificial seja utilizada para disseminar a desinformação.

Eis a previsão de debates envolvendo autoridades brasileiras:

Fonte: Poder 360

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