IPCA-15: prévia da inflação sobe 1,23% em fevereiro, diz IBGE
Os dados sobre a prévia da inflação foram divulgados nesta terça-feira (25/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Foto: GettyImages
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, mostra que os preços de bens e serviços subiram 1,23% em fevereiro — alta de 1,12 ponto percentual em relação à taxa de janeiro de 2025 (0,11%).
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA-15
- O IPCA-15 difere do IPCA, que mede a inflação oficial do país, na abrangência geográfica e no período de coleta, que começa no dia 16 do mês anterior. Por essa razão, ele funciona como uma prévia do IPCA.
- O indicador coleta dados sobre as famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos. Ele abrange: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.
- Em janeiro, o IPCA-15 desacelerou em relação a dezembro de 2024 (0,34%) e ficou em 0,11%.
O IPCA-15
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas de Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A próxima divulgação do IPCA-15, referente a março, será em 27 de março.
Projeções do mercado financeiro para a inflação
Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC), no relatório Focus dessa segunda-feira (24/2), subiram a projeção da inflação para 2025. O que reflete em uma desancoragem de expectativas, ou seja, um distanciamento entre as projeções de inflação no chamado “horizonte relevante” e da meta inflacionária.
O mercado alterou a projeção da inflação de 2025 de 5,60% para 5,65%. Isso mostra que, para os economistas, o índice continua acima do teto da meta fiscal deste ano, que é de 4,5%.
Assim, os analistas esperam que a inflação fique cada vez mais distante do centro da meta definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% com variação de 1,5 ponto percentual para cima (4,5%) e para baixo (1,5%).
Confira as demais projeções da inflação:
- Para 2026, subiu de 4,35% para 4,40%.
- Para 2027, continua a mesma da semana passada: 4%.
- Para 2028, recuou de 3,80% para 3,79%.
No ano passado, o IPCA fechou em 4,83%, confirmando o estouro da meta em 2024. Em janeiro, a inflação perdeu força e ficou em 0,16% — menor taxa para o mês desde a implementação do Plano Real, em 1994.
O resultado de janeiro foi influenciado pela queda no valor da energia elétrica residencial (-14,21%) e das altas nos preços das passagens aéreas (10,42%) e alimentos (0,96%).
Fonte: metropoles.com/Mariana Andrade