Sindijus destaca que a principal reivindicação da classe é pela isenção do desconto salarial de 14%

Em entrevista a Rádio Hora o diretor jurídico do sindicato Leonardo Lacerda comentou sobre a situação da previdência estadual

Na primeira semana de abril foi sancionado o pagamento do benefício de assistência médico-social para aposentados e pensionistas do estado no valor de R$300 reais. Apesar do benefício a principal reivindicação da classe é pela isenção do desconto salarial de 14%.

Em entrevista ao Jornal da Hora nesta terça-feira (16), o diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul (Sindijus), Leonardo Lacerda, explicou que a luta da classe tem sido pela isenção do desconto para todos os aposentados. Conforme Lacerda, mesmo que exista o benefício de assistência, apenas um terço da classe é alcançada pelo valor.

“A nossa demanda é a isenção dos aposentados que já era um direito e foi retirado ali em 2020. O Governo Estadual apresentou essa proposta de criação da assistência médica social de R$ 300 reais, porém, ela não foi tão bem recebida porque ela exclui dois terços dos aposentados. O benefício é limitado a uma faixa de renda mais baixa, então deixou a grande maioria de fora”, destacou.

Ainda segundo Lacerda, além da alíquota de 14% descontada, os aposentados ainda possuem um déficit de 25% patronal, ou seja, a classe contribui mensalmente com 39% de seus ganhos para a previdência.

“A maior parte da arrecadação é dos aposentados e pensionistas lá na previdência, ou seja, quem deveria só receber depois de ter contribuído a vida inteira é quem está pagando a maior parcela para previdência”, explicou Lacerda.

O diretor jurídico também ressaltou a má administração governamental da situação. Conforme ele, a gestão não possui influência de servidores da classe e a perda dos R$400 milhões guardados para a previdência impede a resolução da situação.

“Dá pra notar que tem alguns atos de governo na administração que acabam prejudicando e formando esse déficit. Eles absorveram R$ 400 milhões que estavam guardados na previdência em 2017. Quando tinha o dinheiro guardado eles pegaram então esse déficit às vezes parece até ser fabricado. Nunca vai chegar à solução porque na hora que chega perto o dinheiro evapora”, denunciou Lacerda.

Na quinta-feira (18), o Fórum dos Servidores deverá receber um espaço na Assembleia Legislativa para falar sobre a causa. Com representação de Ricardo Bueno, a expectativa é que haja a reabertura do diálogo para melhora na situação.

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Fonte: sindijusms.org.br – Por Reuel Oliveira\Foto: Evelyn Mendonça

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