Servidores aposentados voltam a protestar no Parque dos Poderes pela revisão do desconto de 14%

Aposentado importa! Aposentado vota! E sua família também! Com essas “palavras de ordem” servidores aposentados voltaram a se manifestar em Campo Grande contra o desconto de 14% nas aposentadorias e pensões. O movimento começou na entrada do Parque dos Poderes, prosseguiu na Assembleia Legislativa e terminou na Governadoria, onde dois representantes foram recebidos pelos secretários Eduardo Rocha e João Mattogrosso, que afirmaram já existirem propostas formatadas sobre a questão e que serão apresentadas em reunião com comissão de parlamentares e servidores.

Segundo os representantes dos servidores existem três questões centrais: a alíquota de 14% (que está penalizando os aposentados, principalmente os que recebem os menores salários); a faixa de isenção, pois a reforma da previdência reduziu essa isenção para um salário mínimo, na prática atingindo com o desconto de 14% todos os aposentados; e também a questão dos aposentados com problemas de saúde sérios (como os que fazem tratamento contra o câncer) e que também estão tendo o desconto de 14% nas aposentadorias.

Na entrada do Parque dos Poderes

O movimento dos aposentados, no dia 27 de fevereiro, começou cedo. À partir das 6:30 horas um grupo já estava concentrado na entrada do Parque dos Poderes, próximo à Agência de Previdência Estadual de Mato Grosso do Sul (Ageprev). Com faixas e cruzes o objetivo era chamar a atenção dos servidores da ativa que chegavam ao trabalho, e que também foram atingidos pelo desconto efetivado com a reforma da previdência, no governo Azambuja. Foram muitas as manifestações de apoio feitas pelos servidores que passavam pelo local, com acenos e buzina dos carros. O movimento contou com a adesão de servidores de Aquidauana e Paranaíba.

Na Assembleia Legislativa

Após a manifestação na entrada do Parque, o grupo se dirigiu à Assembleia Legislativa, onde, no Plenário novamente mostraram faixas e conversaram com os parlamentares, cobrando o encaminhamento da negociação com o governo e a apresentação de uma proposta, conforme já tinha sido acertado no ano passado, quando foi formada uma comissão de deputados que fizeram a interlocução com o governo, porém sem chegar a nenhuma proposta, apesar das promessas.

Ofício da Secretário de Administração

Durante a sessão, o deputado Pedro Caravina (ex-secretário do governador Riedel) leu um ofício do secretário de Administração, Frederico Felini,  endereçado à Assembleia solicitando participação de dois para participarem dos estudos e formulação das propostas que serão apresentadas para o governador Eduardo Riedel. Segundo Pedro Caravina, já existiriam propostas para apreciação do governador e posterior apresentação para a Assembleia e servidores.

Para o deputado Pedro Kemp, é necessário que o governo avance numa proposta concreta, pois reunião para apresentação da situação da Ageprev já aconteceu, e o que os servidores querem é uma proposta objetiva.

Na governadoria, ato e reunião com secretários Eduardo Rocha e João Mattogrosso

Após saírem da sessão da Assembleia, os servidores se dirigiram à Governadoria, onde após a manifestação foram recebidos dois representantes do grupo. De concreto, foi informado aos servidores que o governo já tem algumas propostas alternativas formatadas sobre a questão, e que deverão apresentadas em reunião com os representantes dos deputados e servidores para apreciação.

Movimento vai continuar

Os servidores garantem que a mobilização terá continuidade. Desde que teve início, os protestos também já se estenderam à cidades do interior, pois a situação dos aposentados com a reforma da previdência foi de grande retrocesso no poder aquisitivo, por conta do alto desconto que foi instituído com o projeto do ex-governador Azambuja e que, de uma hora para outra, penalizou os aposentados – que já tinham toda uma vida de contribuição para a Previdência. Para os servidores, o crescimento do movimento mostra o descontentamento dos aposentados para com algo que é considerado “uma verdadeira injustiça”.

Fonte: Gazeta Trabalhista

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