Israel exige desculpas e declara Lula “persona non grata”

Governo israelense decide mudar protocolo e realizar reunião com o embaixador do Brasil no Museu do Holocausto, em Jerusalém

As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Israel –comparando as ações da guerra contra o Hamas às de Hitler contra os judeus– o tornaram “persona non grata” no país. O ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, exigiu nesta segunda-feira (19) uma retratação formal de Lula.

“Não perdoaremos e não esqueceremos –em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao presidente Lula que ele é uma personalidade indesejável em Israel até que ele peça desculpas e se retrate de suas palavras“, declarou o chanceler em uma rede social.

Katz convocou uma reunião com o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, nesta 2ª (19.fev), no Museu do Holocausto. “O lugar que testemunha mais do que qualquer outra coisa o que os nazistas e Hitler fizeram aos judeus, incluindo membros da minha família“, escreveu o ministro.

Fala de Lula

O presidente brasileiro comparou a operação militar de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus realizado por Adolf Hitler na Alemanha nazista –o Holocausto. As declarações foram dadas no domingo (18), durante uma conversa com jornalistas na Etiópia.

Na ocasião, Lula voltou a dizer que os palestinos estão sendo alvo de um “genocídio”. Também afirmou que o Brasil defenderá na ONU (Organização das Nações Unidas) a criação de um Estado palestino.

“É importante lembrar que, em 2010, o Brasil foi o 1º país a reconhecer o Estado palestino. É preciso parar de ser pequeno quando a gente tem de ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse. Leia a íntegra da declaração aqui.

Assista (2min43s):

Fonte: Poder 360

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