Putin diz que Rússia está pronta se Europa quiser guerra: “Agora”
A declaração ocorre momentos antes do encontro com os enviados do presidente norte-americano, Donald Trump, a Moscou/Foto: Contributor/Getty Images
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, insistiu, nesta terça-feira (2/12), que não busca uma guerra com a Europa e que não há planos nesse sentido. No entanto, afirmou que, se a Europa quiser iniciar um conflito, a Rússia está pronta “agora mesmo”.
A declaração ocorre momentos antes do encontro entre os enviados do presidente norte-americano Donald Trump, Steve Witkoff e Jared Kushner, e Putin, para discutir o processo de paz na Ucrânia. A reunião ocorre em Moscou.
“Eu disse isso diversas vezes: nós não temos planos para lutar contra a Europa, mas, se a Europa quiser lutar, estamos prontos agora mesmo”, declarou o presidente russo.
Ele acrescentou que a Europa está “impedindo o governo dos Estados Unidos de alcançar a paz na Ucrânia”.
28 pontos
- O projeto original de paz, apresentado por Trump, reúne 28 pontos, que têm sido constantemente criticados por supostamente favorecer o Kremlin.
- O documento chegou a ser reduzido para 20 propostas, com o intuito de trazer melhorias para a Ucrânia, devido às críticas.
- O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e os enviados Witkoff e Kushner se reuniram na Flórida, no último domingo (30/11), com a nova equipe ucraniana para discutir o plano.
Putin afirmou ainda que a Rússia está tentando ser extremamente cuidadosa e que, caso a Europa queira iniciar uma guerra, não haverá negociação.
“A Rússia age de forma cirúrgica na Ucrânia, isso não é uma guerra, e, em caso de ataque da Europa, será diferente”, alertou o presidente russo, de acordo com a impressa internacional.
Os enviados de Trump foram à Rússia para entregar pessoalmente o plano elaborado com modificações feitas com a Ucrânia, em Genebra, na Suíça, e na Flórida, nos Estados Unidos.
Em contrapartida às declarações de Putin sobre a Europa, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, nesta terça, que a “Europa não pode fugir de seus valores e deve defendê-los”. Os líderes europeus, que insistem em participar das negociações, apresentaram uma contraproposta que diverge dos pontos apresentados pelos EUA.
Fonte: metropoles.com/Giovanna Pécora