Nobel da Paz: líderes latino-americanos prestigiarão prêmio de Corina
Líderes da América Latina vão para cerimônia á convite de Corina. O evento acontece nesta quarta-feira (10/12), em Oslo/Foto: Jeampier Arguinzones/picture alliance via Getty Images
Líderes latino-americanos irão prestigiar María Corina Machado na cerimônia que marcará o recebimento do prêmio Nobel da Paz, em Oslo, na Noruega. A opositora venezuelana será premiada com uma medalha de ouro nesta quarta-feira (10/12), por “lutar contra a ditadura” em seu país.
Entre os presidentes que marcarão presença no evento estão: Javier Milei, da Argentina, Daniel Noboa, do Equador, Santiago Peña, do Paraguai, e José Raúl Mulino Quintero, do Panamá.
Às vésperas da premiação, Corina conta com apoio internacional, uma vez que manifestações a favor da opositora de Nicolás Maduro foram realizadas em mais de 80 cidades ao redor do mundo. Denominado “Marcha pela Paz e Liberdade”, o movimento reuniu muitos venezuelanos, que, geralmente, estão ligados ao partido Vente Venezuela, criado por Corina em 2012, quando ainda era deputada da Assembleia Nacional da Venezuela.
A afinidade ideológica política conservadora une os quatro líderes a Corina: eles manifestaram apoio e também a parabenizaram quando escolhida para o Nobel da Paz. Além destes presidentes prezarem pelo combate ao socialismo e à esquerda, eles repudiam o governo de Nicolás Maduro na Venezuela e o acusam de fraude eleitoral, alegando que autoridades venezuelanas, sob o domínio do chavismo, não apresentaram as atas que poderiam comprovar a reeleição de Maduro.
Ao conceder o Nobel da Paz a Corina, o Comitê Norueguês justificou que este prêmio simboliza um momento em que a democracia da Venezuela é ameaçada e que é preciso se dispor a defender os princípios do governo popular, mesmo que haja discordância, voltando ao conceito de que o poder emana do povo.
“Transição justa e pacífica”
Ao premiá-la, o Comitê volta o enfoque internacional para Corina, que diz lutar pela promoção dos direitos democráticos e pela “transição justa e pacífica” de governo, além de expôr o regime da Venezuela, ora em crise econômica, com muitos cidadãos migrando para outros países.
Os líderes, chamados a convite da opositora da Venezuela, confirmaram a presença. A entidade política internacional venezuelana “Comando Venezuela”, da qual Corina faz parte, confirmou a presençla dos presidentes e interagiu com autoridades internacionais. Pablo Quírino, chanceller da Argentina, confirmou a presença de Milei através de um post do partido.
Fonte: metropoles.com/Caio Ramos