Militares pressionam Lula a encerrar a crise com os EUA; sem a tecnologia americana, o Brasil pode ficar cego, surdo e vulnerável
Forças Armadas pressionam Lula por diplomacia com os EUA e avisam: o tempo está se esgotando para evitar um apagão militar
A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos não é apenas mais uma briga política internacional. Nos bastidores de Brasília, a tensão vem acendendo alarmes no alto comando das Forças Armadas, que hoje operam sob uma perigosa dependência de equipamentos, munições e sistemas tecnológicos norte-americanos. O risco de sanções mais severas por parte do governo Trump reacende um temor silencioso: o Brasil pode, literalmente, ficar às cegas em caso de ruptura total com Washington.
Militares pressionam Lula por diplomacia urgente
Segundo informações reveladas pelo site DefesaNet, os principais comandantes das Forças Armadas têm feito forte pressão para que o presidente Lula adote imediatamente uma postura mais pragmática e menos ideológica nas relações com os EUA. O motivo? Um eventual rompimento com os norte-americanos pode gerar um colapso logístico e operacional em todo o sistema de defesa nacional, atingindo Exército, Marinha e Força Aérea.
Fontes militares ouvidas por bastidores do Ministério da Defesa apontam que a situação é crítica: diversos sistemas estratégicos como radares, comunicação criptografada, aviões de caça, embarcações navais e até munições dependem de peças e suporte técnico dos Estados Unidos. Sem isso, muitos desses equipamentos simplesmente deixam de funcionar.
Um país sem munição, sem frota e sem autonomia
A situação é mais grave do que parece. A Força Aérea Brasileira ainda utiliza aviões F-5 com mais de meio século de uso, e seus estoques de munição estariam em níveis baixíssimos. O Exército, por sua vez, segue operando com blindados Leopard 1 A5, veículos que já deveriam ter sido aposentados, mas que continuam em campo pela ausência de substitutos — os novos blindados ainda não chegaram.
Na Marinha, o cenário é igualmente preocupante: o projeto das fragatas Tamandaré ainda não foi concluído e muitos navios de combate não estão operacionais. Há, inclusive, relatos de escassez de munição para os armamentos já em uso. Se os EUA aplicarem sanções mais duras ou suspenderem o suporte técnico e o envio de peças, todo o sistema pode ser paralisado.
Uma dependência que cobra caro
Mais do que uma crise momentânea, a situação revela décadas de abandono e negligência estratégica. O Brasil nunca levou a sério a construção de uma base industrial de defesa autônoma. Optou, durante anos, por importar tecnologia de forma pontual, sem diversificar fornecedores ou incentivar inovação nacional. Mesmo com projetos importantes como o cargueiro KC-390 da Embraer, ou a aquisição dos caças Gripen E, o país segue refém de fornecedores estrangeiros — sobretudo americanos.
Enquanto potências emergentes como Turquia, Índia e Coreia do Sul desenvolveram indústrias de defesa robustas, o Brasil apostou na conveniência de alianças diplomáticas frágeis. Agora, com o governo dos Estados Unidos impondo sanções que já afetam até ministros do STF e seus familiares, o risco é de um colapso total da capacidade defensiva nacional.
Generais lançam ultimato: ou o governo muda ou assume as consequências
A avaliação no meio militar é clara: se o governo federal continuar ignorando os alertas, o Brasil poderá ficar indefeso. Generais afirmam que, se nada for feito com urgência, a responsabilidade por um possível colapso recairá inteiramente sobre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Eles exigem uma resposta emergencial com bilhões em investimentos para recompor estoques, comprar novos sistemas antiaéreos, adquirir blindados, garantir comunicações seguras e apoiar a indústria bélica brasileira.
Para os militares, manter o alinhamento com os EUA é uma questão de sobrevivência operacional. Sem acesso a tecnologias críticas, o Brasil perde a capacidade de se defender — ou até mesmo de operar seus equipamentos básicos.
Ignorância estratégica e risco político interno
O agravamento da crise revela ainda outra ferida: a desconexão entre a sociedade civil e a realidade estratégica do país. Enquanto parte da população celebra sanções como uma forma de retaliação ideológica, os generais enxergam uma grave ameaça à soberania nacional. A defesa do território não deveria ser pauta de esquerda ou de direita — e sim uma política de Estado.
Como destaca o professor Roberto Gallo, especialista em defesa e segurança nacional, “o Brasil é um dos poucos países do G20 que ainda não definiu a defesa como uma prioridade permanente, independente de quem está no poder”.
O que está em jogo: soberania ou submissão
Caso não haja uma mudança de rumo imediata, o Brasil pode enfrentar, pela primeira vez na história, uma situação de vulnerabilidade estratégica real. Não se trata apenas de fragilidade militar, mas também de um risco geopolítico: um país sem munição, sem logística e sem apoio internacional se torna presa fácil para pressões externas — inclusive de antigos aliados.
É hora de o Brasil repensar sua política de defesa com seriedade. Isso implica não só em recompor relações com os EUA, mas também em diversificar fornecedores, apoiar pesquisa nacional e fortalecer a indústria bélica interna. Caso contrário, como alertam os próprios generais, o país deixará de ser apenas vulnerável — e passará a ser, de fato, indefeso.
Fonte: sociedademilitar.com.br/Por Noel Budeguer