Marquinhos pede para MPE investigar parentesco entre Adriane e empresa da iluminação de Natal
Escândalo, protesto e crise, Adriane Lopes enfrenta questionamentos, críticas e revolta por causa do sofrimento imposto a parcela da sociedade (Foto: Arquivo)
O vereador Marquinhos Trad (PDT) pediu para a Justiça determinar que o Ministério Público Estadual investigue se há relação de parentesco entre a prefeita Adriane Lopes (PP) e empreiteiro Jorge Lopes Cáceres, dono da Construtora JLC Ltda. A empresa ganhou a licitação para instalar a iluminação de Natal por R$ 1,756 milhão, apesar de a prefeitura da Capital estar quebrada financeiramente.
O pedido foi incluído na emenda à inicial, determinada pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, em substituição na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos. Conforme a determinação, o ex-prefeito incluiu entre as partes da ação popular Adriane Lopes e o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli.
“Finalmente, Excelência, não se pode deixar de registrar que nos últimos dias notícias públicas tem tomado tanto as redes sociais, quanto os diários jornalísticos desta Capital, especificamente, no que pertine à contratação da empresa JLC e a provável relação pessoal e familiar de seus proprietários com a Chefe do Poder Executivo, o que, no mínimo, demandaria fosse o Ministério Público, que participará da presente Ação Popular, instado a conhecer e tomar as providências que entender pertinentes no âmbito da improbidade administrativa”, solicitou o vereador.
O pedetista citou os sócios da construtora. Além de Jorge Lopes Cáceres, o quadro socitário é integrado por Hilário Queiroz Lopes Cáceres e Mariana Queiroz Lopes Cácares.
“Sejam as informações pertinentes a suposta relação familiar dos proprietários da empresa Construtora JLC LTDA, contratada para implementar a iluminação natalina nesta Capital, com a Chefe do Poder Executivo Municipal, encaminhadas ao Parquet, para que tome as medidas que entender de direito”, solicitou por meio do advogado Valdir Custódio em petição protocolada nesta segunda-feira (1º).
Um Natal nada cristão
A primeira polêmica da prefeita foi torrar R$ 1,7 milhão com a iluminação de Natal enquanto impõe sacrifícios aos servidores, com congelamento e redução de salários. A outra é de que existe uma lei que prevê parcerias com a iniciativa privada para evitar gasto de dinheiro público com a decoração natalina.
Adriane ignorou os fatos e lei. A abertura do “Natal dos Sonhos” foi marcada por protestos e pela ação truculenta da Guarda Municipal. Vídeos com as imagens dos agentes avançando sobre os manifestantes, derrubando uma idosa e uma mulher, viralizaram e deixaram, mais uma vez, uma marca negativa na gestão da missionária da Assembleia de Deus Missões.
A prefeita não aplicou, na prática, a pregação bolsonarista dos últimos tempos, do direito à livre manifestação, aos direitos humanos e o respeito aos idosos e mulheres. E nem aplicou na prática a mensagem do Natal. De sonho, até o momento, só o slogan. Para muita gente, a prefeita transformou o fim de ano em um pesadelo.
Fonte: ojacare.com.br/By Edivaldo Bitencourt