Focus: pela 5ª semana, mercado reduz projeção de inflação para 2025

A projeção dos analistas do mercado financeiro passou de 5,51% para 5,50% em 2025 — ainda acima do teto da meta deste ano, que é de 4,5%/Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

Analistas do mercado financeiro revisaram para baixo a projeção da inflação de 2025 — a quinta queda consecutiva na estimativa feita pelos economistas consultados pelo Banco Central. As previsões para os próximos três anos seguem as mesmas da semana passada.

É o que dizem os dados do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (19/5). As projeções são frutos da análise de mais de 100 especialistas do mercado financeiro, consultados semanalmente no levantamento do BC.

Embora tenha sido reduzida, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segue bem acima do teto da meta para este ano, que é de 4,50%. E as expectativas do mercado seguem distantes do chamado “horizonte relevante”.

Em 2025, a meta inflacionária é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual – isto significa, com piso de 1,5% e teto de 4,5%. Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância.

Isso porque, a partir deste ano, a meta de inflação é contínua, e não mais por ano-calendário. Ou seja, o índice é apurado mês a mês. Se o acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

Atualmente, o IPCA acumula alta de 5,53% nos últimos 12 meses até abril. Nesse ritmo e patamar, a inflação caminha para mais um ano em que a meta será descumprida. O próprio BC segue indicando um novo estouro da meta inflacionária em 2025.

O que é o relatório Focus

  • O Relatório de Mercado Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado financeiro coletadas até a sexta-feira imediatamente anterior à divulgação do documento.
  • O Focus é tradicionalmente divulgado toda segunda-feira.
  • O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio (dólar), taxa Selic, entre outros indicadores.
  • As projeções são do mercado, não do Banco Central. A autoridade monetária só reúne os dados.

Fonte: metropoles.com/Mariana Andrade

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