Ex-motorista de Reinaldo é expulso da PM pela 2ª vez após acumular 4 condenações na Justiça

O 2º sargento Ricardo Campos Figueiredo voltou a ser expulso da Polícia Militar. (Foto: Reprodução)

A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul expulsou mais uma vez de seus quadros o 2ª sargento Ricardo Campos Figueiredo. A medida foi tomada após o policial da reserva ser condenado por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito pela 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.

O ex-motorista de Reinaldo Azambuja (PL) foi condenado pelo juiz Giuliano Máximo Martins a pagar R$ 2,192 milhões aos cofres públicos, ressarcimento de R$ 1,096 milhão e multa civil no mesmo valor, perder a aposentadoria de R$ 8,1 mil e ficar inelegível por 10 anos.

Essa foi a 4ª condenação de Ricardo Campos, que integrava a equipe de segurança do então governador, quando foi preso na Operação Oiketicus, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) no dia 16 de maio de 2017. É a 2ª vez que a Justiça determina a perda da patente e consequente aposentadoria.

Conforme a sentença, publicada no último mês de setembro, o militar foi condenado por improbidade administrativa por não conseguir comprovar a origem de R$ 1,096 milhão movimentados em conta bancária aberta em nome do filho menor de idade na época. Ele ainda não comprovou a origem do dinheiro para comprar dois veículos (Corolla de R$ 89 mil e caminhonete Hilux de R$ 120 mil) e uma chácara por R$ 159,9 mil.

Nesta segunda-feira (20), foi publicada no Diário Oficial do Estado a portaria assinada pelo comandante-geral da PMMS, coronel Renato dos Anjos Garnes, que exclui Ricardo Campos Figueiredo do efetivo da Polícia Militar.

Portaria publicada no DOE de 20 de outubro. (Fonte: Reprodução)

A primeira condenação do ex-PM foi por corrupção e integrar organização criminosa, por favorecer a Máfia do Cigarro, cuja pena ficou em 16 anos, conforme decisão da 2ª Câmara Criminal do TJMS.

A segunda foi por obstrução de investigação de organização criminosa. A pena ficou em três anos e seis meses. Conforme a denúncia, Ricardo entrou no banheiro e destruiu dois telefones celulares ao receber a visita do Gaeco na Operação Oiketicus.

A terceira condenação foi por ofensas a oficial feminina, com a pena fixada em seis meses de detenção no aberto.

Apesar de ter sido condenado a perda da patente e da aposentadoria, Ricardo continuava recebendo o benefício do Governo do Estado. De acordo com o Portal da Transparência, a Ageprev pagou R$ 9.058,33 no mês passado. O valor líquido ficou em R$ 8,1 mil.

Fonte: ojacare.com.br/By Richelieu de Carlo

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