EUA atacam mais 4 barcos de “narcoterroristas”; há ao menos 14 mortos
O ataque ocorre meio à escalada das tensões com a Venezuela com navios de guerra norte-americanos montando um “cerco” próximo ao país
Os Estados Unidos realizaram três ataques letais contra quatro embarcações no Oceano Pacífico Oriental. A ofensiva, empreendida pelo Departamento de Guerra dos EUA com mísseis e bombardeios, resultou em 14 mortos e apenas um sobrevivente. O governo norte-americano divulgou a ação nesta terça-feira (28/10) e afirma que todos que estavam a bordo dos barcos eram “narcoterroristas”.
O governo do presidente Donald Trump chega à 11º ofensiva em águas internacionais contra embarcações que navegam no Caribe, próximo à costa venezuelana e no Oceano Pacífico, próximo à América Latina.
Segundo o Secretário de Guerra, Pete Heghseth, as quatro embarcações eram operadas por “organizações terroristas que traficavam narcóticos no Pacífico”.
“Oito narcoterroristas estavam a bordo das embarcações durante o primeiro ataque. Quatro estavam a bordo da embarcação durante o segundo ataque. Três narcoterroristas estavam a bordo da embarcação durante o terceiro ataque. Um total de 14 narcoterroristas foram mortos durante os três ataques, com um sobrevivente”, informou o secretário de Guerra.
O ataque ocorre em meio à escalada das tensões com a Venezuela, com navios de guerra norte-americanos montando um “cerco” próximo ao país sob a justificativa de combater o narcotráfico.
Durante esta ofensiva no Pacífico, nenhum fuzieleiro naval dos EUA saiu ferido. No que diz respeito ao sobrevivente, a Marinha norte-americana iniciou o protocolo de busca e resgate, mas, posteriormente, a missão seguiu com autoridades mexicanas, que aceitaram a missão e ficaram com a responsabilidade de salvar o rapaz.
Além das ofensivas marítimas, nas últimas semanas Trump autorizou “ações letais” da Agência Central de Inteligência (CIA) na Venezuela. O governo venezuelano condenou esta atitude e afirmou que os EUA preparam uma uma operação de “bandeira falsa” para justificar uma agressão militar ao país.
Ofensivas
Desde agosto, os EUA empreendem ofensivas navais com o suporte de caças F-35, lançando mísseis e bombardeios em embarcações que estão supostamente envolvidas em contrabando de narcóticos, no entanto, Trump ainda não expôs provas concretas.
Recentemente, o porta-voz do Departamento de Guerra, Sean Parnell, anunciar o envio do porta-aviões Gerald R. Ford Carrier Strike Group ao Caribe. O Gerald é o maior porta-aviões do mundo em operação e se juntará a uma frota de navios de guerra que já está no Caribe, especificamente em Porto Rico. A embarcação será usada para o treinamento de fuzileiros navais para “combater o narcotráfico”.
Fonte: metropoles.com/Caio Ramos