Esposa de Macron é processada por xingar feministas de “vadias estúpidas”

Primeira-dama da França, Brigitte Macron foi filmada xingando manifestantes em um teatro de Paris/Foto: Patrick van Katwijk/WireImage

A primeira-dama da FrançaBrigitte Macron, enfrenta um processo judicial movido por 343 mulheres de várias organizações de direitos humanos, após ser filmada xingando manifestantes feministas de “vadias estúpidas”.

O episódio que gerou as queixas judiciais ocorreu no último dia 7 de dezembro, no Teatro Folies Bergère, em Paris. A primeira-dama, esposa do presidente Emmanuel Macron, foi filmada enquanto conversava com o ator e comediante Ary Abittan, acusado de estupro, em caso encerrado em 2024 por falta de provas.

No dia anterior a visita de Brigitte Macron, a peça de Ary Abittan foi interrompida por ativistas feministas, em protesto relacionada a denúncia de estupro. Em conversa com o comediante, a primeira-dama perguntou como ele estava após o protesto.

Abittan disse que estava com medo, e Brigitte respondeu chamando as feministas de “vadias estúpidas”. A primeira-dama ainda afirmou que, caso um novo protesto ocorresse durante a peça naquele dia, “nós as expulsaremos”.

Em entrevista ao site Brut France, Brigitte disse que não sabia que estava sendo filmada quando proferiu as ofensas. “Eu queria tranquilizá-lo, certamente reagi de forma desajeitada, mas não tinha outras palavras à minha disposição naquele momento”, disse.

No entanto, a primeira-dama disse não se arrepender. “Não posso me arrepender de falar. Sou, de fato, a esposa do presidente da República, mas, antes de tudo, sou eu mesma. E, portanto, quando estou em privado, posso me soltar de uma maneira absolutamente inadequada”, disse.

Juliette Chapelle, advogada dos grupos feministas que apresentaram o caso, cobrou que Brigitte seja responsabilizada pelas falas. “Ela é a primeira-dama da França, suas palavras importam”, disse em entrevista a uma rádio francesa.

A advogada disse ainda que Brigitte costuma se apresentar como uma pessoa “muito engajada em causas feministas”, mas que “há uma desconexão entre os discursos públicos e o que a primeira-dama realmente pensa”.

Fonte: metropoles.com/Pedro Grigori

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