Começa a troca do ‘seis por meia dúzia’ nos semáforos de Campo Grande

Depois de ficarem cobertos com sacos pretos e enfaixados, para não confundir os motoristas de qual equipamento estaria funcionando, os novos semáforos que são sustentados pelos postes mais finos estão finalmente substituindo as robustas estruturas que sustentavam o dispositivo sinaleiro na avenida Fernando Corrêa da Costa. 

Na última sexta-feira (10) o Executivo de Campo Grande foi consultado sobre a troca programada no trecho, já que os semáforos da Fernando Corrêa em diversos cruzamentos já davam sinais de que seriam substituídos. 

Ao trocar “seis por meia dúzia”, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito justificou que esses equipamentos, já no modelo de LED, seriam sim “antigos”, sem detalhar a idade de quando os equipamentos em plena região central teriam sido trocadas, mas deixando claro que tais trocas não foram motivadas por panes ou depredações e vandalismos.

Agora, quem passou pela Avenida Fernando Corrêa da Costa na manhã desta terça-feira (14) pôde observar um trânsito mais lento, tudo devido ao maquinário e equipe que realizavam as substituições no trecho. 

Ao Correio do Estado, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito justificou que esses equipamentos seriam sim “antigos”, sem detalhar a idade de quando os equipamentos em plena região central teriam sido trocadas, mas deixando claro que tais trocas não foram motivadas por panes ou depredações e vandalismos.

“A substituição dos semáforos ocorre como parte de um processo de manutenção preventiva. Os equipamentos são antigos e já vinham sendo trocados gradualmente ao longo do tempo”, argumentou a Pasta em nota de retorno. 

Em complemento, a Agetran cita seu compromisso com a “segurança viária, a fluidez e a eficiência no trânsito”, reforçando que a atual etapa abrangerá a troca de todos os semáforos localizados na Avenida Fernando Corrêa.

Quem passou pela Av. Fernando Corrêa na manhã de hoje (14) pôde observar um trânsito mais lento, tudo devido ao maquinário e equipe que realizavam as substituições. Fotos: M.V/CEQuem passou pela Av. Fernando Corrêa na manhã de hoje (14) pôde observar um trânsito mais lento, tudo devido ao maquinário e equipe que realizavam as substituições. Fotos: M.V/CE

Contrato de semáforos
No que diz respeito à gestão desses equipamentos, a responsabilidade sobre os semáforos de Campo Grande passou das mãos do “Consórcio CAM” para o “CAM II”, uma segunda versão da sociedade consorciada. 

O consórcio Cam comanda os serviços dos semáforos desde 2018 em Campo Grande, já tento anotado renovações consecutivas em um contrato que chegou a render R$ 51,8 milhões por ano. 

Acontece que, tanto a primeira versão quanto o Consórcio CAM II são formados pelas mesmas empresas: Arc Comércio, Construção e Administração de Serviços e Meng Engenharia Comércio e Indústria, sendo que a fundação do segundo data de 20 de setembro do ano passado. 

Por esse motivo, a licitação vencida em 11 de setembro de 2024 pelo valor total de R$ 23.200.359,81, cerca de R$1,2 milhão mais barata que o previsto, foi assinada à época pelos representantes da ARC após uma longa novela de “abre e fecha” do certame. 

A licitação milionária em questão foi retomada apenas em 06 de setembro, após uma série de suspensões que começaram em menos de um mês após a troca no comando da Agetran, quando Janine Bruno (que chefiou a pasta por sete anos) foi trocado pelo ex-dono de autoescola, Paulo Silva, quando os valores do certame giravam em torno de R$24 milhões.  

Suspensa para “análise de pedido de impugnação”, a licitação milionária foi retomada em menos de quarenta e oito horas nessa ocasião, em 16 de maio; para nova suspensão no dia 23 daquele mês em obediência ao Despacho DSP G.MCM 14968/2024″, do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul. 

A outra retomada anunciada em 27 de agosto, sendo que, nesse meio tempo houve o período de análises do catálogo e amostras até a continuidade publicada na semana passada, em 05 de setembro e termo de homologação assinado pela atual prefeita, Adriane Lopes, datado de 09 de setembro.  

Reclamações 
Já ao fim de 2018 era apontada ineficiência do serviço prestado pelo Consórcio CAM, época em que as falhas na manutenção e sinalização intermitentes eram ligadas à acidentes e mortes nas vias campo-grandenses, situação essa que não freava os reajustes no contrato.

Até 2023, Campo Grande anotava um gasto de R$141,9 mil por dia para manutenção de semáforos, que seguiam apresentando problemas recorrentes e falhas no funcionamento. 

Dessa vez, o que incomoda os campo-grandenses, conforme levantado pela equipe do Correio do Estado nas ruas em que as trocas estão sendo registradas, é justamente a dúvida sobre a necessidade da troca dos equipamentos, como na Fernando Corrêa da Costa, por exemplo, que receberam luz de LED ainda em 2018. 

De advogada até motoristas de aplicativo, o “fala, povo” feito pelo Correio do Estado na última sexta-feira (10) revela um consenso sobre o tema, que os semáforos ainda estavam bons e haveriam outros pontos para serem corrigidos na Capital. 

Recentemente, em 17 de setembro, o Executivo de Campo Grande chegou a anunciar uma renovação com o Consórcio CAM II que se estenderia por 48 meses, quase fazendo a contratação de R$23.200.359,81 custar R$92.801.439,20 até o fim de 2029. 

Fonte: Correio do Estado – https://correiodoestado.com.br/cidades/comeca-a-troca-do-seis-por-meia-duzia-nos-semaforos-de-campo-grande/455906/

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *