China reprova frigoríficos brasileiros indicados pelo governo Lula

A Administração-Geral de Aduanas da China recomendou que o Brasil adote as correções necessárias e submeta novamente os estabelecimentos para análise; na imagem, carnes em um frigorífico

Órgão de controle do asiático rejeitou todas as 28 instalações; alegou falhas técnicas e sanitárias

A China rejeitou todos os 28 frigoríficos brasileiros de carne bovina que haviam sido indicados pelo Mapa (Ministério da Agricultura) para habilitação à exportação ao país asiático. As plantas foram reprovadas depois de uma análise da GACC (Administração-Geral de Aduanas da China, na sigla em inglês), segundo documento ao qual o Poder360 teve acesso.

O parecer chinês indicou não conformidades com os critérios técnicos exigidos, incluindo:

localização dos estabelecimentos em áreas com restrição sanitária conforme as normas da China;

ausência de vestiários com acesso direto às áreas de produção;

e falhas no procedimento de verificação da idade dos bovinos no momento do abate

A GACC recomendou que o Brasil adote as correções necessárias e submeta novamente os estabelecimentos via sistema Cifer (Registro de Empresas Exportadoras de Alimentos para a China).

A carta da autoridade chinesa se restringiu aos frigoríficos de carne bovina. Outros setores incluídos pelo Mapa nas listas enviadas, como aves, suínos e asininos, não foram mencionados no comunicado.

O Poder360 apurou que a Adidância Agrícola solicitou orientação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre um possível questionamento formal à China sobre o andamento da análise dos demais pedidos. Cabe agora ao ministério chefiado por Carlos Fávaro (PSD) adotar providências técnicas e diplomáticas para retomar o processo de habilitação junto ao governo chinês.

O Poder360 procurou o Ministério da Agricultura às 8h59 para perguntar se gostaria de se manifestar a respeito da posição dos chineses. A pasta informou às 11h35 que estava “verificando com a área responsável” e que daria uma resposta “assim que possível”. Este jornal digital voltou a procurar o Mapa às 18h07, mas não houve resposta até a última atualização desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada.

Fonte: poder360.com.br/Caio Barcellos

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