Adriane fecha 2025 com novo recorde negativo: ruim ou péssima para 70% e 87% desaprovam gestão

Adriane Lopes quebra recorde negativo atrás de recorde negativo. (Foto: Reprodução)

O Instituto Ranking Brasil Inteligência renovou o recorde negativo da prefeita Adriane Lopes (PP). A 2ª greve mais longa da história do transporte coletivo na Capital afundou ainda mais a avaliação da chefe do Paço Municipal para os campo-grandenses; 70% a consideram ruim ou péssima e 87% desaprovam a atual gestão.

Adriane chega ao fim de 2025 com pouco para celebrar. Apenas 8% dos moradores da Capital consideram a prefeita boa ou ótima e 19% como regular, outros 3% não sabem ou preferiram não responder. Ainda de acordo com a pesquisa divulgada nesta segunda-feira (22), 10% aprovam a administração da pepista e, novamente, 3% não sabem ou preferiram não responder.

O Instituto Ranking ouviu 1 mil eleitores entre os dias 15 e 20 deste mês de dezembro. A margem de erro é de 3% para mais ou menos, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Rede Top FM.

O levantamento coincidiu com a greve dos motoristas do Consórcio Guaicurus, que cruzaram os braços entre segunda-feira (15) e quinta-feira (25), deixando na mão 100 mil passageiros que dependem do transporte público diariamente.

A paralisação só chegou ao fim porque a prefeitura foi socorrida pelo governador Eduardo Riedel (PP). O chefe do Parque dos Poderes antecipou o repasse de R$ 3,367 milhões, de janeiro para a última semana, para as empresas de ônibus quitarem os salários atrasados de 1,1 trabalhadores.

O resultado da pesquisa do Instituto Ranking deixa ainda mais claro porque Adriane Lopes é considerada a pior prefeita entre as capitais do País. 

A primeira mulher eleita por meio do voto direto para comandar a Prefeitura de Campo Grande vê sua popularidade ficar pior a cada nova pesquisa divulgada. No recorde anterior, em novembro, 66% dos moradores da Capital disseram que a gestão é ruim ou péssima, sendo que 85% desaprovaram a gestão.

Agressão a manifestantes e intervenção

A Capital enfrenta uma das mais graves crises da sua história política, com a população sofrendo com o colapso na saúde, buraqueira nas ruas, greve no transporte coletivo, aumento de impostos e servidores sem reajuste, entre outros problemas da gestão de Adriane Lopes.

A insatisfação da população passou a se traduzir em manifestações. A mais rumorosa aconteceu durante a abertura oficial do Natal da Capital, no dia 29 de novembro, quando manifestantes foram agredidas pela Guarda Municipal  

O protesto foi organizado a partir das redes sociais e contava com aproximadamente 20 pessoas, a maioria mulheres, idosas e crianças com necessidades especiais. A repressão violenta teve repercussão negativa na imagem de Adriane, já abalada pelos buracos nas ruas, falta de remédios nos postos, crise atrás de crise.

Protesto durante a abertura dos eventos de Natal marcou nova fase de crise na prefeitura. (Foto: Reprodução)

Para piorar a sensação de uma cidade sem gestão, são os pedidos de intervenção em problemas que parecem não parar de se acumular. O juiz Eduardo Lacerda Trevisan determinou, na última semana, que a prefeita Adriane Lopes intervenha no contrato de concessão com o Consórcio Guaicurus. 

O titular da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, estabeleceu prazo de 30 dias para que Adriane, a Agereg (Agência Municipal de Regulação) e a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) adotem providências para instaurar o procedimento administrativo de intervenção no Contrato de Concessão n. 330/2012. A prefeitura também deve nomear um interventor e enviar ao magistrado um plano de ação com cronograma para regularizar a situação do transporte.

De acordo com o magistrado, há “indícios suficientes de má-execução do contrato administrativo, o que vem em prejuízo de toda a coletividade”.

O deputado estadual Pedro Pedrossian Neto entrou, na sexta-feira (19), com pedido de intervenção no Ministério Público Estadual para intervenção estadual na saúde de Campo Grande. O parlamentar justifica a necessidade da medida diante da reprovação de contas do setor, do colapso da Santa Casa, da falta de medicamentos, da crise na odontologia, e da ausência de titular na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Maiores problemas da Capital

O Instituto Ranking Brasil Inteligência também perguntou aos entrevistados quais são os maiores problemas de Campo Grande e 36% disseram que é saúde pública e a falta de médicos, enquanto 28% disseram que é a falta de médicos e do hospital municipal.

Além disso, 22% falaram que foi a greve no transporte coletivo, outros 17,60% a necessidade de melhorar os ônibus, 15,4% que é necessário trocar a prefeita e secretários; 13,8% que é a corrupção e desvio de dinheiro; e 12% que são os buracos nas ruas e os alagamentos.

Já 10,2% citaram a inflação e alto custo de vida, 9,4% reclamam da falta de administração municipal, 8,6% querem mais ajuda do Governo do Estado; outros 7% reclamaram dos impostos, 6,8% da falta de limpeza da Capital.

Há os que defendem que a prefeita Adriane aceite ajuda do governo Lula, 5,4%. Entre os entrevistados, 2,8% solicitaram que as praças e parques recebam mais cuidados; 4,6% querem o término de obras paradas; 4,4% sentem falta da cidade do Natal. 

Para 4,2% a cidade está abandonada e mal cuidada; 4% citaram a violência contra as mulheres; 3,6% relatam que os dependentes químicos nas ruas estão entre os principais problemas; 3,84% apontaram a falta de policiamento e de segurança; 3,2% a falta de moradias e 3%, o trânsito; sendo que 4,2% não sabem ou não responderam.

Foram realizadas 1.000 entrevistas em todas as regiões do município de Campo Grande. Central (6,90%), Segredo (14,40%), Prosa (10,60%), Bandeira (15,20%), Anhanduizinho (24,90%), Lagoa (15%) e Imbirussu (12%). Distritos de Anhandui, Rochedinho e Zona rural (1%). Dados colhidos entre os dias 15 e 20 de dezembro de 2025.

Fonte: ojacare.com.br/By Richelieu de Carlo

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