Adriane faz demissão em massa em programa social: 300 trabalhadores perdem emprego

Prefeita tem R$ 1,7 milhão para iluminação de Natal, mas não evitou demissão de trabalhadores que ganham um salário mínimo (Foto: Arquivo)

A prefeita Adriane Lopes (PP) promoveu demissão em massa no Programa de Inclusão ao Mercado de Trabalho (PIMT), antigo Proinc. Cerca de 300 trabalhadores foram demitidos nos últimos dias como parte do pacote de arrocho nas contas da prefeitura, que incluiu corte de 20% nas despesas e redução nos salários dos secretários municipais, da vice-prefeita Camilla Nascimento de Oliveira (Avante) e da própria chefe do Poder Executivo, que tiveram reajuste em abril deste ano.

A demissão no programa social ocorre a dois meses do Natal e vai comprometer o orçamento de trabalhadores de baixa renda, que ganhavam um salário mínimo por mês, mais vale transporte e uma cesta básica.

Conforme O Jacaré apurou com fontes da prefeitura, o programa contava com 1,7 mil funcionários antes do corte. Nesta semana, por determinação de Adriane, o projeto passou a contar com 1,4 mil trabalhadores.

O valor previsto com a iluminação de Natal, R$ 1,756 milhão, seria suficiente para pagar os salários dos trabalhadores demitidos por quatro meses, exatamente o período em que deve durar as novas medidas de contenção de despesa da prefeita da Capital.

No ano passado, quando a prefeita disputou a reeleição, o programa chegou a contar com 2,1 mil trabalhadores contratados. Isso significa que nos últimos 12 meses, 700 foram demitidos e deixaram de receber um salário mínimo (R$ 1.518) por mês.

Além das demissões, a prefeita não concede reajuste linear desde 2023 aos 30 mil servidores públicos municipais. Pela Constituição, a reposição da inflação é obrigatória. No entanto, a correção só é usada contra a população, como é o caso do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), que vai ter a correção da inflação e vai ficar mais caro em 2026.

Adriane também autorizou o reajuste de até 159%% no próprio subsídio e nos salários da vice-prefeita e dos secretários municipais. O percentual será parcelado em três vezes, sem do que a primeira foi aplicada em abril deste ano.

Buracolândia

Em decorrência do agravamento da crise, a população começou a sentir na pele a falta de recursos públicos. Além da falta de remédios, exames, médicos e vagas nos postos de saúde e hospitais, os motoristas começam a sofrer com a volta dos buracos em plena estiagem. Com o início da temporada das chuvas, a situação das ruas e avenidas deve se agravar.

“Campo Grande Abandonada, até quando? A gente chama de ‘obras’, mas o que mais vemos são crateras, promessas e abandono por todo canto da cidade. Do ‘Mar de Crateras’ ao ‘Cartão-postal do Esquecimento’, é difícil reconhecer a Campo Grande que a gente ama”, detonou o vereador Jean Ferreira (PT).

Fonte: ojacare.com.br/By Edivaldo Bitencourt

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