A dois dias do tarifaço, governo tenta dar ar de normalidade à taxação de 50% dos EUA

Presidente Lula: Planalto evita dar detalhes dos planos de compensação — Foto: Divulgação/Presidência da República

Medidas para socorrer empresas afetadas só devem ser anunciadas após tarifas passarem a valer

A dois dias da entrada em vigor do tarifaço de 50% para as exportações de produtos brasileiros aos Estado Unidos, o governo federal tenta dar um ar de normalidade à questão, a fim de evitar que as possíveis consequências das medidas sejam tratadas como catástrofe. Sem sinalizações claras por parte de Trump para abertura de diálogo via Casa Branca, o Planalto demonstra enxergar poucos caminhos para agir diante da exigência do presidente americano de que Jair Bolsonaro deixe de ser investigado pelo 8 de janeiro, ponto inegociável.

O governo tenta ainda se mostrar aberto para as demandas dos empresários brasileiros que sofrerão diretamente a taxação de 50% com as reuniões comandadas pelo vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, com diversos setores. Mas, ao mesmo tempo, o Planalto evita dar detalhes dos planos de compensação.

As medidas do governo brasileiro para compensar as empresas só devem ser anunciadas depois que as tarifas efetivamente começarem a ser cobradas.

Nesta quarta-feira, Lula dedicou sua agenda também a outros temas do governo como a discussão da promoção de militares com os comandantes das Forças Armadas, e o apoio do União Brasil ao governo com os ministros do partido.

Em entrevista nesta terça-feira à CNN Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou sintetizar o clima que o governo tenta vender diante do início da cobrança efetiva das tarifas:

— Não podemos fazer do dia 1º de agosto um dia fatídico. Vamos continuar negociando, os canais estão sendo desobstruídos, vagarosamente, mas estão.

Fonte: extra.globo.com/Por Sérgio Roxo — Brasília

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