Greve, caos na saúde, buraco nas ruas e obras paradas, padrinhos abandonam Adriane Lopes

Senadora, a prefeita e o deputado federal: ataques a Lula para que o eleitor esqueça os fiadores da administração desastrosa na Capital (Foto: Arquivo)

Campo Grande enfrenta uma das mais graves crises da sua história política, com a população sofrendo com o colapso na saúde, buraqueira nas ruas, greve no transporte coletivo, aumento de impostos e servidores sem reajuste, entre outros problemas da gestão de Adriane Lopes (PP). Até o momento, os padrinhos da prefeita, como Dr. Luiz Ovando e Tereza Cristina, do PP, esqueceram a “afilhada” e tentam se salvar atacando a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Até o deputado estadual Lídio Lopes (sem partido), que prometeu dedicar o mandato na Assembleia Legislativa para defender a esposa, andou ficando em silêncio nas redes sociais para rebater a insatisfação popular contra a esposa.

A promessa de se transformar em uma das grandes administrações da Capital, como pregavam os padrinhos, fracassou no primeiro ano de gestão. Apenas a prefeita tem o que comemorar no “Natal dos Sonhos”, já que teve aumento de salário junto com a vice-prefeita, Camilla Nascimento Oliveira (Avante), e os secretários.

Enquanto médicos, profissionais de enfermagem, odontologistas e guardas municipais tiveram redução nos salários com o corte dos adicionais de difícil acesso, por exemplo, os secretários continuaram recebendo encargos especiais e jetons, que quase dobram os vencimentos.

O iminente colapso das unidades de saúde e da Santa Casa de Campo Grande por falta de remédios, insumos e materiais já foi atestado pela Defensoria Pública, pelo Ministério Público Estadual e pelo CRM/MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul).

Quem trafega pelas ruas e avenidas da Capital tem sofrido para desviar de buracos e não ter despesa extra com conserto de amortecedor, pneus, entre outros problemas com os veículos. A administração municipal foi tão “eficiente”, que optou por retomar a operação tapa-buracos apenas durante o período chuvoso.

Obras andam a passo tartaruga. A revitalização da antiga Estação Rodoviária teve a conclusão adiada pela enésima vez. Agora, a perspectiva é que fique pronta no próximo ano. A Avenida Ernesto Geisel ainda não foi inaugurada. O corredor do transporte coletivo na Avenida Gunter Hans teve mais uma morte, enquanto a obra segue em ritmo lento.

Em meio a crise financeira, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, pede licença médica, mas ganha os holofotes ao ser flagrada em uma maratona em Bonito.

Deputado prometeu defender a mulher na Assembleia Legislativa, mas foram tantos problemas nos últimos dias (Foto: Arquivo)

E para completar o caos, motoristas do transporte coletivo param por quatro dias, deixando 100 mil usuários a pé na 2ª greve mais longa da história. O comércio amargou prejuízo de R$ 40 milhões e deve perder a esperança de bater recorde com as vendas e ter o melhor Natal de todos os tempos. A indústria também contabiliza prejuízos que podem superar R$ 200 milhões.

E sem contar outros problemas.

E os padrinhos da prefeita Adriane Lopes, onde andam? Dr. Luiz Ovando segue a ladainha de defender Bolsonaro e bater em Lula. Ele e Tereza Cristina culpam o petista por estar “destruindo” o Brasil, apesar da taxa de emprego ser a menor em décadas, a inflação estar sob controle, o Estados Unidos terem suspendido o tarifaço e do PIB estar crescendo.

Há um ano, eles colocavam a mão no fogo pela prefeita. E agora?

Fonte: ojacare.com.br/By Edivaldo Bitencourt

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