Mortes no Rio após megaoperação já passam de 120
Dezenas de corpos foram levados pelos moradores para praça na Penha
Mais de 60 corpos foram levados a uma praça no Complexo da Penha; autoridades dizem que eles não estão no balanço oficial de 64 mortos
O número de mortes após a megaoperação policial de 3ª feira (28.out.2025) no Rio de Janeiro já passa de 100. Moradores levaram mais 64 corpos nesta 4ª feira (29.out) para a praça São Lucas, no Complexo da Penha. O secretário de Polícia Militar do Estado do RJ, Marcelo de Menezes Nogueira, afirmou à TV Globo que esses corpos não constam no balanço oficial de 64 mortos.
De acordo com informações da Agência Brasil, os corpos estavam em uma área de mata do Complexo da Penha. Ainda não foram identificados. Será feita uma perícia também para verificar se há relação com a megaoperação. No entanto, desde que a ação policial foi deflagrada, o número de mortes na capital fluminense é de pelo menos 128.
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O Rio amanheceu nesta 3ª feira (29.out) com as vias liberadas. Segundo o COR (Centro de Operações e Resiliência), os transportes públicos funcionam sem problemas. As operações dos ônibus, VLT, BRT, metrô, trens e barcas ocorrem sem alterações. Na 3ª feira (28.out), por causa das interdições, mais de 200 linhas tiveram seus itinerários interrompidos e alterados.

Mulher chora em cima de corpo no Complexo da Pena, na zona norte do Rio
MEGAOPERAÇÃO NO RIO A operação Contenção foi deflagrada na 3ª feira (28.out) nos complexos do Alemão e da Penha, que reúnem 26 comunidades na zona norte do Rio. Entre as vítimas do balanço oficial estão 60 suspeitos de integrar o crime organizado e 4 policiais, incluindo o chefe da 53ª DP (Delegacia Policial de Mesquita), Marcus Vinicius. A ação tem como alvo a facção CV (Comando Vermelho).
Eis o balanço oficial divulgado na 3ª feira (28.out):
81 presos; 72 fuzis, uma pistola, 9 motos e 200 kg de drogas apreendidos;
O governo federal autorizou na 3ª feira (28.out) a transferência de 10 presos do Comando Vermelho, detidos em penitenciárias do Estado, para unidades federais. A decisão foi tomada em reunião de emergência no Palácio do Planalto. A transferência foi o 1º pedido do governador Cláudio Castro (PL) relacionado à operação, segundo o Planalto. O pleito foi encaminhado ao ministro Rui Costa (Casa Civil), que consultou representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública antes do aval.
A reunião havia sido solicitada por Geraldo Alckmin (PSB). Contou com os ministros Rui Costa, Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Macaé Evaristo (Direitos Humanos), Sidônio Palmeira (Secom) e Jorge Messias (AGU), além do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto.
Fonte: poder360.com.br/PODER360