Prefeitura corta R$ 3,5 milhões do orçamento para compra de medicamentos

O repasse para a compra de medicamentos, feito pela Prefeitura da Capital, foi reduzido. A informação foi dada pela técnica da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde em Campo Grande, Silvia Uehara, durante audiência pública para debater a falta de abastecimento de remédios na rede municipal de saúde, entre outros problemas enfrentados na saúde de Campo Grande. O evento foi realizado na manhã desta segunda-feira (13), na Câmara Municipal de Campo Grande.

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária de Campo Grande aponta que a dotação inicial da Prefeitura para a compra de medicamentos era de R$ 13.184.052,00, conforme a LOA (Lei Orçamentária Anual). No entanto, o valor foi reduzido para R$ 9.726.966,69. As despesas empenhadas até outubro deste ano somam apenas R$ 3.570.576,52.
“É muito pouco, pouco pago com orçamento próprio”, afirmou Silvia Uehara. Enquanto isso, os valores repassados pelos governos federal e estadual para a compra de medicamentos aumentaram. Segundo o relatório, estavam previstos inicialmente R$ 10.334.811,00 em repasses, mas o montante subiu para R$ 21.677.430,51. Desse total, R$ 14.834.626,41 foram empenhados e R$ 5.557.988,67 já foram pagos.

Silvia Uehara, também do Ministério da Saúde, fala sobre orçamento da Capital para compra de remédios. (Foto: Henrique Kawaminami)
O superintendente do Ministério da Saúde em Mato Grosso do Sul, Ronaldo Costa, destacou que o fundo responsável pelo custeio dos medicamentos é composto por verbas federais, estaduais e municipais. Ele lembrou ainda que Campo Grande tem quase R$ 1,6 bilhão para aplicar na saúde, mas que é necessária “boa gestão e que os municípios se organizem”.

Durante a audiência, a coordenadora do Comitê Gestor da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Ivoni Pelegrinelli, afirmou que a falta de medicamentos é uma dificuldade geral e garantiu que as medidas para resolver o problema estão sendo tomadas com urgência.

“A gente está definindo as medidas. Estão sendo tomadas providências para que o reabastecimento ocorra o mais rápido possível. O Comitê já levantou todas as necessidades e estamos em articulação com o Estado para garantir esse reabastecimento, o quanto antes”, disse Ivoni.

Denúncias – A falta de medicamentos nas unidades de saúde da Capital é uma realidade há mais de um ano e, segundo relatos, tem piorado nos últimos meses. Dois médicos que trabalham em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Campo Grande e que preferiram não se identificar por questões de segurança, relataram a escassez de remédios como amoxicilina, ibuprofeno, cefalexina e ceftriaxona. Também há falta de exames laboratoriais e diminuição na escala de profissionais.

Fonte: Campo Grande News – https://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/prefeitura-corta-r-3-5-milhoes-do-orcamento-para-compra-de-medicamentos
Foto: Henrique Kawaminami

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