Além de R$ 99 mil, Papy também não pagou nenhuma parcela do IPTU 2025 de mansão
Mau exemplo: vereador ganha R$ 26 mil por mês e dá calote no IPTU de 2025 (Foto: Divulgação/CMCG)
O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Epaminondas Vicente Silva Neto, o Papy (PSDB), não serve de bom exemplo para os bons cidadãos, que garantem o seu salário com o pagamento em dia dos tributos. Conforme o Portal da Transparência, o tucano ainda não pagou nenhuma das 12 parcelas do IPTU 2025 da mansão no Bairro Miguel Couto.
O tucano virou notícia após a prefeitura da Capital ingressar com ação na Justiça para cobrar R$ 99 mil do Imposto Predial e Territorial Urbano. O valor se refere a dívida iniciada em 2014, pelo antigo proprietário da casa, e nunca pago pelo novo dono.
De acordo com Midiamax, o vereador comprou a casa por R$ 720 mil em 2021 por meio de financiamento bancário. Apesar de estar em posse do imóvel há quatro anos, Papy não quitou o imposto e a dívida na Justiça saltou de R$ 7.602,48, valor cobrado em dezembro de 2018, de Edson Cândido da Silva, para R$ 99.030,79 no mês passado.
Ao tomar conhecimento da ação judicial, o presidente da Câmara Municipal alegou que não tinha conhecimento e não era o responsável pelas finanças domésticas. Após o advogado confirmar a ação, ele retornou garantindo que irá buscar meios de pagar a dívida, parcelando ou á vista após ser notificado pela Justiça.
Calote neste ano e salário de R$ 26 mil
Só que o vereador também deu calote na prefeitura referente ao IPTU deste ano. Conforme o site do município, Papy deve 12 parcelas de R$ 578,27. Nove já venceram e não foram quitadas. O total do débito do presidente da Câmara referente apenas ao valor deste ano é de R$ 7.199,53.
Como político e presidente da Câmara, terceiro na linha sucessória para assumir o comando da Capital, Papy deveria dar o exemplo e manter, pelo menos, o pagamento dos impostos municipais em dia.
O vereador da Capital ganha salário mensal de R$ 26.080,98 – o equivalente a 17 salários mínimos. Um trabalhador comum levaria um ano e meio para ganhar o valor equivalente pago em um único mês, fora a verba indenizatória de R$ 30 mil – que a Justiça reduziu para R$ 25 mil por mês.
Imagine o contribuinte, que trabalha de sol a sol e conta as moedas para manter o sustento da família, paga o tributo em dia, mas a autoridade não dá o exemplo, como se sentirá?
Fonte: ojacare.com.br/By Edivaldo Bitencourt
