Ministério da Gestão nega acerto sobre reforma administrativa com relator da proposta na Câmara

Fachada do prédio do Ministério do Planejamento e Orçamento e do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos — Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

Em entrevista ao GLOBO, relator Pedro Paulo afirmou que havia alterado uma dos pontos da sua proposta a pedido do governo

O Ministério da Gestão negou que tenha negociado algum ponto da proposta da reforma administrativa, relatada pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ). Em entrevista ao GLOBO, Pedro Paulo afirmou que havia alterado uma dos pontos da sua proposta a pedido do governo.

O deputado quer instituir o teto salarial do funcionalismo para os executivos de estatais não dependentes e não listadas na Bolsa, como Caixa e BNDES. Segundo ele, contudo, após conversa com o governo, a proposta deve excepcionalizar o presidente e os vice-presidentes das empresas.

Pedro Paulo, que é coordenador do Grupo de Trabalho da reforma, deve apresentar o relatório nas próximas semanas.

— Para ser secretário, ou até para ser presidente de empresa no nível municipal, tem que seguir o teto do serviço público. E por que determinadas estatais do governo federal não dependentes e que não estão listadas em Bolsa, não? Isso é até mecanismo interessante para estimular que o próprio funcionário público dessas estatais ocupe essas posições. E diminui a politização. Valeria para Caixa, BNDES, Dataprev, Serpro (por exemplo) — disse Pedro Paulo.

— Estão excluídos o presidente e o vice-presidente, não era o meu desejo inicial, mas, em conversa com o governo federal, foi um dos pontos que a gente negociou. É de diretor para baixo.

Em nota, porém, o Ministério da Gestão afirmou, em nota, que “não negociou nenhum ponto da Reforma Administrativa com o grupo de Trabalho coordenado pelo deputado Pedro Paulo”.

“Em reuniões técnicas, a equipe do MGI apenas comentou propostas iniciais do GT e apresentou pontos que já estavam na agenda do ministério, como a avaliação de desempenho”, disse, reconhecendo a importância das discussões em curso sobre o assunto no Legislativo.

Fonte: oglobo.globo.com/Por Thaís BarcellosLuísa Marzullo — Brasília

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