Líder da Groenlândia rebate Trump: “Não queremos ser americanos”
Na rede social Facebook, Múte B. Egede rebateu os comentários de Trump, dizendo que o território não está “à venda”/Fonte: Getty Images
O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte B. Egede, rebateu os comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira (5/3), rejeitando o interesse do presidente e afirmando que a “Groenlândia pertence aos groenlandeses”.
O presidente dos Estados Unidos, em longo discurso em Washington D.C., na terça-feira (4/3), no horário local (madrugada de quarta no horário de Brasília), disse aos habitantes da Groelândia que “são bem-vindos a entrarem para os EUA”.
“Queremos trabalhar com todos pela segurança internacional, e acho que conseguiremos, de uma forma ou de outra”, avisou Trump.
Na rede social Facebook, Múte B. Egede rebateu os comentários dizendo que o território não está “à venda”, e não podem ser “simplesmente levados”.
“Não queremos ser americanos, nem dinamarqueses, somos groenlandeses. Isso deve ser entendido pelos americanos e seus líderes”, destacou.
De acordo com Múte B. Egede, “o futuro do país será decidido” por eles, “na Groenlândia”.
Em janeiro deste ano, a Dinamarca recebeu apoio de líderes da Europa para manter a Groenlândia, após as crescentes ameaças de Trump.
Discurso em Washington D.C.
Além dos comentários de Trump sobre a Groelândia durante o discurso, o presidente republicano deu destaque às questões internas e culpou o ex-mandatário democrata Joe Biden por problemas na economia e pela fragilidade no controle da imigração ilegal.
Trump dedicou parte importante do discurso para dizer que pretende melhorar a vida dos americanos por meio de ações na economia. Ele ainda pediu paciência.
O presidente também foi vaiado pela oposição e aplaudido pelos republicanos. Democratas utilizaram placas para defender bandeiras e apontavam que parte do discurso do presidente tinha informações inverídicas, com placas escritas “falso”.
Fonte: metropoles.com/Giovanna Pécora