Saúde Municipal de Campo Grande em alerta: Profissionais anunciam paralisação no dia 15 de maio por reajuste e melhores condições
Assistentes Sociais, Farmacêuticos, Fisioterapeutas e outras categorias da Saúde articulam paralisação geral em unidades básicas, UPAs e centros de especialidades, reivindicando aumento salarial, redução de carga horária e adicional de insalubridade.
Os Profissionais em Serviços de Saúde do município de Campo Grande, abrangendo categorias como Assistentes Sociais, Farmacêuticos, Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos, Nutricionistas, Profissionais de Educação Física, Psicólogos e Terapeutas Ocupacionais, formalizaram a decisão de realizar uma paralisação de advertência na próxima quinta-feira, 15 de maio de 2025. A mobilização, aprovada em assembleia do SISEM (sindicato da categoria) no dia 8 de maio, tem como objetivo pressionar a Prefeitura por atendimento a uma série de reivindicações consideradas inegociáveis pela classe.
Entre as principais demandas dos profissionais da saúde municipal, destacam-se o aumento do vale refeição de R$ 750,00 para R$ 1.000,00, com a incorporação desse valor ao salário base, o que impactaria positivamente outros benefícios como quinquênios e progressões. Os farmacêuticos também reivindicam a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, além do pagamento do adicional de insalubridade para todos os profissionais da categoria, considerando os riscos inerentes às suas atividades. A categoria exige o pagamento imediato desses benefícios.
A paralisação, que visa demonstrar a força e a importância do trabalho desses profissionais para o sistema de saúde municipal, deverá afetar o funcionamento de todas as unidades que contam com seus serviços, incluindo Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e centros de especialidades.
O sindicato orientou os farmacêuticos, que terão um papel central na paralisação, a comparecerem aos seus postos de trabalho, mas não realizarem dispensação de medicamentos nas farmácias da rede, especialmente de controlados e antibióticos, restringindo o acesso a esses itens. Apenas algumas unidades funcionarão normalmente como forma de explicitar o impacto da ausência dos farmacêuticos nas demais unidades. Provavelmente será a UPA Moreninha e UPA Santa Mônica, sendo informado previamente.
O SISEM orientou os profissionais a não confrontarem qualquer intervenção da gestão local, apenas informando que a ação é uma decisão coletiva do sindicato, e garantiu apoio jurídico em caso de retaliação. A categoria aguarda o início das negociações com a Prefeitura durante a semana e sinaliza que a paralisação do dia 15 é o primeiro passo de uma mobilização por melhores condições de trabalho e valorização salarial.
Texto: Roberta Cáceres/ Jornal Servidor Público MS