Médicos conseguem implantar coração artificial de titânio em humano
Primeiro coração artificial é implantado em um paciente com insuficiência cardíaca terminal como uma ponte para transplante cardíaco\foto: Divulgação BiVACOR
O Instituto norte-americano Texas Heart e a fabricante de equipamentos médicos BiVACOR anunciaram nesta quinta-feira (25/7) a primeira implantação bem-sucedida em humanos do Coração Artificial Total (TAH).
O equipamento é uma bomba de sangue feita de titânio que substitui os dois ventrículos de um coração com insuficiência. Ele usa um rotor magnético para bombear o sangue.
O primeiro estudo clínico em humanos busca avaliar primeiramente a segurança e o desempenho do TAH como uma solução-ponte de transplante para pacientes com insuficiência cardíaca grave.
“O Texas Heart Institute está animado com a primeira implantação inovadora do TAH. Com a insuficiência cardíaca permanecendo como uma das principais causas de mortalidade do mundo, o dispositivo oferece um farol de esperança para inúmeros pacientes que aguardam um transplante de coração”, disse Joseph Rogers, presidente e CEO do Texas Heart Institute e principal pesquisador da pesquisa em comunicado.
A tecnologia como recurso
A insuficiência cardíaca é um problema que afeta pelo menos 26 milhões de pessoas no mundo todo. Os transplantes cardíacos são reservados para aqueles que estão em estado grave e são limitados a menos de seis mil procedimentos por ano globalmente.
Os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos estimam que até 100 mil pacientes poderiam se beneficiar do suporte circulatório mecânico.
A implantação bem-sucedida do dispositivo mostra como novas tecnologias podem ajudar a enfrentar desafios importantes nos cuidados cardíacos, como as longas filas de espera para transplantes.
“Estou orgulhoso de testemunhar o primeiro implante bem-sucedido em humanos do TAH. Essa conquista não teria sido possível sem a coragem do nosso primeiro paciente, da família e a dedicação da nossa equipe”, afirmou o fundador e diretor de tecnologia da BiVACOR Daniel Timms.
Para ele, a tecnologia nos deixa um passo mais perto de fornecer uma opção para pessoas com insuficiência cardíaca em estágio terminal que precisam de suporte enquanto esperam por um transplante de coração. “Estou ansioso para continuar a próxima fase do nosso ensaio clínico”, completou.
Fonte: metropoles.com/Ravenna Alves