Empresas investigadas por corrupção ganham mais R$ 1,4 mi em contratos da gestão Adriane
Prefeita da Capital ignora denúncias contra corrupção e amplia contratos com empresas investigadas (Foto: Arquivo/Marcelo Victor/Correio do Estado)
Duas empresas investigadas em operações de combate à corrupção na Capital e no interior foram contempladas com o repasse de R$ 1,4 milhão com a assinatura de novo contrato e um aditivo de 24,63% na Prefeitura Municipal de Campo Grande. A gestão de Adriane Lopes (PP) ignorou as investigações feitas pelo Ministério Público e as suspeitas de contra os empresários.
A primeira é a MS Brasil Comércio e Serviços, alvo da Operação Cascalhos de Areia por integrar organização criminosa junto com o empresário André Luiz dos Santos, o André Patrola. O sócio da companhia, Edcarlos Jesus Silva, é suspeito de comandar pelo menos três empresas envolvidas no esquema.
No entanto, as denúncias contra corrupção foram ignoradas pela prefeita. Conforme extrato de contrato publicado nesta sexta-feira (29), o município contratou a MS Brasil para a locação de máquinas pesadas, caminhões e veículos leves. Ela vai receber R$ 549,5 mil pelo período de 12 meses.
A empresa já conta com outros contratos com o município. Uma das suspeitas do MPE é de que a empresa não dispõe de frota para a realização do serviço em que foi contratada pela prefeitura da Capital.
Já houve o protocolo de uma denúncia contra os investigados na Operação Cascalhos da Areia, mas que tramita em sigilo na 5ª Vara Criminal de Campo Grande.
Operação Tromper
A outra empresa suspeita de integrar esquema de desvios de dinheiro público é a AR Pavimentação e Sinalização, alvo da Operação Tromper. Os indícios de corrupção ocorreram na Prefeitura de Sidrolândia, comandada pela prefeita Vanda Camilo (PP).
A prefeitura da Capital elevou o valor do contrato em R$ 942,9 mil para a AR Pavimentação, que passou de R$ 5,476 milhões para R$ 6,419 milhões. O aditivo representa 24,63%, dentro do limite máximo previsto para acréscimo pela Lei de Licitações. A obra é a pavimentação do North Park – lote 2.
Edmilson Rosa, o Rosinha, chegou a ser alvo de ação por porte ilegal de arma apreendida durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão na Operação Tromper. Ele ainda mantém contratos milionários com a gestão de Vanda Camilo.
Fonte: ojacare.com.br/By Edivaldo Bitencourt