Após manifestações, governo encaminha proposta aos policiais civis de MS; Categoria deve definir em assembleia
Após as constantes manifestações, o Governo do Estado por meio do secretário estadual de Administração, Frederico Felini, encaminhou uma proposta aos policiais civis de Mato Grosso do Sul. A categoria deve realizar assembleia para definir se aceitam ou encaminham contraproposta.
“A contraproposta do governo foi a incorporação do auxílio alimentação, e um abono de R$ 130,00 para a classe inicial”, afirma o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa.
No ofício, o secretário salienta que é importante “atuar de forma responsável com a capacidade financeira do Estado. Este ano não foi diferente e todas as entidades as entidades classistas, sem exceção, foram recepcionadas e suas demandas analisadas”.
Paralisação – Fortalecidos e mobilizados, os policiais civis realizaram manifestação nesta quinta-feira (19). “A Mobilização está concentrada na Depac Centro em Campo Grande e as delegacias do Estado todo também estão paralisadas”, complementa Barbosa.
É uma paralisação de 24h nos atendimentos das delegacias, iniciando às 8h e encerrando no mesmo horário de sexta-feira (20). A ação faz parte do movimento de campanha salarial da categoria, organizado pelo Sinpol-MS.
O movimento, que teve início no final de agosto, tem o objetivo de pressionar o governo estadual a cumprir a promessa de valorização salarial da categoria e reconhecer a importância do trabalho dos policiais civis. Em Campo Grande a concentração está ocorrendo em frente à Depac Centro.
A paralisação não afetará os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e casos de flagrante delito. O Sinpol garante que a segurança pública será mantida e os casos mais urgentes serão atendidos.
Entenda – Os policiais civis cobram o cumprimento da promessa do governo, assinada em uma carta de compromisso, de deixar o salário dos policiais civis entre os seis melhores do País. “A categoria havia aceitado a proposta de receber o que é de direito em três parcelas, mais aumento do auxílio-alimentação, sendo que parte seria repassada até agosto e o restante, dividido em duas etapas nos próximos anos. Porém, o governo não cumpriu sua promessa e ainda ofertou incluir o auxílio-alimentação no salário, o que impactará em impostos, reduzindo nosso ganho salarial final”, explicou Barbosa anteriormente.
Sobre a alegação do governo do Estado, de que não dispõe de recursos para atender o pedido do reajuste salarial da categoria, o Sinpol-MS esclarece que em maio deste ano o governo concedeu o benefício de auxílio saúde aos delegados de polícia de MS, de 5%, com previsão de gastos aos cofres públicos de quase R$ 11 milhões em 2025; além do benefício também ser concedido aos fiscais de renda do Estado, o que acaba sendo contraditório e revela que o governo do Estado dispõe desses recursos, mas que acaba beneficiando apenas algumas categorias.
Roberta Cáceres / Jornal Servidor Público MS